As coisas não acontecem por acaso… excepto este nosso novo blog!

Somos duas colegas ‘de números’ que partilham uma paixão comum: a escrita! Ambas gostamos de escrever e de ‘devorar’ livros como se não houvesse amanhã e, numa conversa que pensávamos ser inconsequente, desafiámo-nos uma à outra para escrever ‘Histórias a Quatro Mãos’…

O que nos propomos fazer é muito simples: vamos escrever histórias, em parceria improvável, testando os limites e a imaginação de cada uma. Cada uma de nós vai ser desafiada pela outra a dar seguimento a uma narrativa, cujo final será sempre um mistério, quer para as autoras, quer para os leitores.

Convidamos os nossos seguidores a irem opinando sobre o que vão lendo e dando sugestões.

Esperamos que seguir este blog seja uma experiência tão interessante quanto certamente será escrever tudo o que aqui irão ler!

sexta-feira, 15 de março de 2013

5- Anna

John,
A Mara ligou-me ontem à noite. Pela primeira vez, em toda a nossa amizade, tive dificuldades em fazê-la parar de chorar. Só ao fim de alguns minutos percebi o que se havia passado. Todos já sabíamos que este dia iria chegar, mas, realmente, muitas vezes só nos apercebemos da dimensão dos nossos mais profundos sentimentos quando o momento chega.
Achei estranho o Daniel não ter concordado com a festa de despedida que sugerimos. Talvez não tenha sido, para ele, uma verdadeira celebração na plenitude do sentido da palavra. Eu sei que ele está genuinamente feliz com a nova oportunidade e curioso quanto ao país, mas havia algo de sombrio no seu olhar, ontem, quando me despedi dele à porta do Pub. Ele falou-te de alguma coisa? Chegaste a falar com ele?
Da conversa com a Mara apercebi-me de algo que queria partilhar contigo, por isso te envio este email. Espero que não leves a mal, John. Ela desabafou, por entre suspiros e lágrimas, um monte de lamentações confusas e no meio do telefonema surgiu o teu nome. Algo a ver com o teres-lhe arranjado o emprego na Booky que ela tanto adora, que te deve imenso, que não te pode abandonar agora, que precisas do apoio dela. Fiquei a matutar nas suas palavras alguns instantes depois de ter pousado o telefone. Num momento como estes, tão difícil para ela, parecia que eras o único motivo a prendê-la aqui. Não sei o que se passa contigo ou com vocês para que ela pense e se sinta assim, mas peço-te que ponhas a mão na tua consciência e avalies bem o teu papel no meio desta história. Desculpa a sinceridade, mas já sabes como sou.
Pensa no que te digo e, já sabes, se precisares de falar comigo sobre isto ou outro assunto liga-me. Ou podemos marcar um almoço na próxima semana se puderes. Talvez seja boa ideia convidarmos a Mara, a ver se ela se distrai.
Beijos
Anna

5 comentários:

  1. E o enredo complica-se! Mais personagens, mais histórias. Será que segui o que ia na tua cabeça quanto ao John, Su? E vocês o que acham que se passa com esta personagem? :)

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  2. Não tem nada a ver com o que eu tinha pensado... mas assim é que é giro! Isto promete mesmo! Mais dois para 'o saco': John e Anna! :)

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  3. Sim, senhor! Estou a gostar de ler. Há que continuar, para não deixarem os leitores aqui colados à espera que caia mais um post.
    Parabéns às 4 mãozinhas e cuidado com elas, para que nenhum mal lhes aconteça! E se há um corte? E se um dedo se torçe? Que sorte ainda não haver artroses....ih.ih.ih
    Couvinha de Bruxelas

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  4. Este John foi bem pensado!É enigmático...mas foi ele que a prendeu...estou a gostar!Vamos lá, meninas mãozinhas,continuem! Acho que estão no bom caminho! Um beijinho para as duas da Ana(não fui eu que escrevi a carta!)

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