As coisas não acontecem por acaso… excepto este nosso novo blog!

Somos duas colegas ‘de números’ que partilham uma paixão comum: a escrita! Ambas gostamos de escrever e de ‘devorar’ livros como se não houvesse amanhã e, numa conversa que pensávamos ser inconsequente, desafiámo-nos uma à outra para escrever ‘Histórias a Quatro Mãos’…

O que nos propomos fazer é muito simples: vamos escrever histórias, em parceria improvável, testando os limites e a imaginação de cada uma. Cada uma de nós vai ser desafiada pela outra a dar seguimento a uma narrativa, cujo final será sempre um mistério, quer para as autoras, quer para os leitores.

Convidamos os nossos seguidores a irem opinando sobre o que vão lendo e dando sugestões.

Esperamos que seguir este blog seja uma experiência tão interessante quanto certamente será escrever tudo o que aqui irão ler!

quarta-feira, 13 de março de 2013

1- E assim começa...

Mais um amanhecer de domingo na cidade que ainda dormia. Era uma manhã fresca de primavera igual a todas as outras. Ouviam-se os pássaros num despertar agitado, as flores espreguiçarem suas pétalas e apenas Mara naquele jardim. Para ela, este não era um domingo qualquer!
Sentada sobre a relva húmida, abraçada às suas próprias pernas, ela fundia suas lágrimas com o orvalho da manhã. Perdida num passado avassaladoramente recente viu o sol nascer, lá ao fundo, vindo do outro lado do globo, onde ela tanto desejava estar.
A noite que não conseguia deixar passar ecoava na sua cabeça, todos os gritos desatinados, desabafos, todas as palavras amargas da despedida. Mara ansiava esquecer essa noite e, se não o conseguisse, queria esquecer todas as outras que estavam para trás. Era agora bem mais doloroso recordar os jantares junto á lareira, as corridas à beira rio, as salsas dançadas até não poder mais e, principalmente, os sorrisos. Ai, os sorrisos! Fossem as lágrimas da noite passada um infinito oceano, mas nunca a magoariam tanto como a imagem gravada daquele sorriso.
Ali, naquele jardim deserto de gente, apinhado de fragrâncias e cores, ela aguardava um sinal. Um som, um toque, uma luz que a fizesse querer voltar a viver. Viver sem o que até aí era toda a sua vida!

2 comentários:

  1. O suspense do inicio, agarra qualquer leitor á historia. Aguardo que amanha haja mais .
    bjs

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  2. Desafio aceite... e por este andar vai ser a um ritmo alucinante!
    Obrigada Si :)

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